quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Brasil vai lançar um foguete.


udo pronto para o lançamento da primeira espaçonave tripulada brasileira. O lançamento previsto para sete de setembro, foi adiado por conta dos escândalos envolvendo altos funcionários da Agência de Desenvolvimento Aeroespacial, que explicaram que a falta de licitação para compra de viseira de capacetes de astronautas, porque só uma empresa produziria tal material. Arquivada a CPI. O lançamento será na base aérea de Santa Cruz. Os três tripulantes originais , Pilotos experimentados , alegaram  ter contraído gripe a dois dias do lançamento e foram substituídos por três pessoas que passavam pelo local. As circunstâncias em que os tripulantes receberam treinamento é desconhecida. Entrevistamos um deles com exclusividade
- Seu nome por favor
-...ehhhhh...
-Como?
- Welesbertison Vianna.
-Seu treinamento foi difícil?
-Nada... Eu tava no Boteco com o Walciscley e o Noróti ( segundo e terceiro tripulantes) aí veio um camarada. A gente tentou corrê, pensamos que eram oficial de justiça,né, tentamo fugi, mas excrareceram e ofereceram uma merreca pra gente dirigir esse negócio aí
Você vai pro espaço. Você imaginava ir tão longe.
Ih! Eu tinha um tio que morava em Magé. Magé é longe pra cara(*)lho.

sábado, 10 de abril de 2010

Ê TEMPINHO FIRME...

Em vinte e quatro horas chove, faz sol, faz frio e o escaralho a quatro... E eu querendo estrear meu novo veículo não poluente de tração humana. bah.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Toc toc

-Tem alguém batendo na porta.
-Hummmmm. Você me faz me sentir tão usada.
- Tem alguém espancando a porta!
- Tu conhece um careca, barbudo, magro de óculos e camisa xadrez?
- Meu marido!
-Marido?!
-Bom. é noivo. A gente vai, ia casar em janeiro.
-Bela esposa tu vai ser.
- Sua Puta! Puta!
- Peraí, amigo. Não precisa chamar de puta. Vai que ela tava entediada e tal... Ou tu é muito ligado em trabalho... essas coisas sâo meio fatais para alguns relacionamentos.
-Eu vou te matar.
- Ei! Esse olho é o meu!
-Ah é tome isso!
-Arrrrrrg.
- Ta vendo. Tenta se acalmar antes que eu te dê outra e tu vai ficar tendo problemas de fertili...Porra! Essa doeu!
-Eu vou te matar.
- Valeu, cornão. Agora tu me deixou chateado!
-Ei vocês! parem com isso!
Peraí dona! me segura não. Ninguém ta segurando ele. Ai! Me solta porra! Não ta vendo eu levando joelhada na cara?
-Porra! Olha só. Vou te botar no elevador  e vê se acalma.

A caminho de Niterói

-Quanto você quer pra transar comigo?
-Olha... Não vai rolar. Mesmo as gurias que me bancam, eu gosto delas pelo menos um pouco. Eu não consigo gostar de você,Carol, desculpa.
-O que você quer? Eu faço qualquer coisa.
- Quero alguma coisa com ganchos. Carne perfurada. Como num açougue. Ia querer fazer pequenos cortes com um bisturi. Talvez colocar bominhas nos furos.
- Tudo bem. Deixa pra lá.
-Ufa, pensou
O carro seguiu em silêncio.
 A noite seguia agitada. Show do Man or Astroman? no Balroom. Artur atravessa a cidade de carro. Na altura do Maracanã colocou o microponto debaixo da língua. Sabia que ia levar mais ou menos tempo suficiente pra onda não bater enquanto estivesse dirigindo. Isa Maluca fez o mesmo. Usava aquele visual típico de guria de pista de skate: Baby look, calças largas, Adidas.
 Do lado de fora encontraram uma das gêmeas. Ele falou rápido e foi ficar com Isa. Ele adorava aqueles olhos de atriz de filme mudo. Entraram e deram logo de cara com o velho amigo que conheceu na fila da estréia do filme do Batman. Trazia um belo baseado. Fumaram todos. en quanto viam um clipe do Cardigans a onda bateu. Logo ia começar o show de uma das bandas de abertura. Muito boa. Autoramas.
 Uns fans de NOFX ficaram gritando boceta, mas a baixista com uma elegância rara pegou o microfone e disse:
- A mãe de vocês todos tem.
 Bocas caladas. O show tem que continuar. A onda bateu. Artur tinha entrado num frenesi alucinado de beijos com isa que correspondia, quase selvagem. Trepariam ali mesmo se pudessem.
Começou o show mas nem deram muita atenção. A musica era mais uma trilha para os beijos impiedosos que destruiam a solidão e o desespero como um maremototo. O show acabou. Um casal que morava proximo pediu carona, Artur topou. Sorria. A onda já o deixava dirigir. parecia que sua alma estava lavada e que as ruas estavam mais limpas, até o ar estava mais limpo. Atravessaram a cidade de novo até uma favela proxima à Vila Militar. entraram na favela e ficaram na fila aguardando o caregamento. Isa o beijava despudoradamente. Um sujeito se incomodou e tentou interromper puxando assunto. Nenhuma atenção lhe foi dada. Chegou a carga. Os dois casais saiam da favela quando o sujeito veio atrás.
Artur virou, olhou nos olhos do sujeito e disse:
- Tu é chato pra caralho.
O cara revelou porque tentava chamar atenção. gritava, ameaçava de morte. Eles já saiam da favelça quando co cara acertou um chute nas costas de Artur. Artur se virou e antes que o sujeito pudesse esboçar alguma reação, ja tinha levado um direto na boca. a dentadura caiu. Artur viu o sujeito e se sentiu atávicamente poderoso. Deu tantos socos. A cabeça do sujeito era um alvo bom o suficiente. Saiu correndo. Artur por sua vez saiu correndo atrás batendo e correndo. Quando chegou na porta da favela os olheiros voaram para cima de Artur que caiu no chão com uma rasteira. Um chute no nariz arrancou um punhado de sangue e o espancamento durou tempo o suficiente. Encolhido entre a birosca e os pé Artur tentava lutar contra a inconsciência, a falta de ar que o próprio sangue provocava entupindo seu nariz. A resistencia era fundamental a sobrevivência. Ele se cansaram e Artur escalou a birosca com o olho que ainda estava aberto viu os outros que olhavam de uma distância segura e foi em direção deles. Eles olharam para artur apavorados. Artur olhou para baixo e viu na camiseta uma gravata vermelha se expandindo pela camisa. Tirou a camisa, limpou o rosto e foi embora. A manhã deitava se sobre a cidade como uma salamandra de fogo. Artur riu, feliz por ter escapado com vida.

domingo, 15 de novembro de 2009

Marie Claire Facts. Cartas das leitoras

Meu marido é cientista. Fica o dia todo desenvolvendo portais dimensionais, nulificadores, todo o tipo de traquitana tecnológica para salvar o mundo. É um bom sujeito, mas, as vezes, eu penso que sou invisível para ele. Eu piloto aeronaves e um dia em missão conheci um rapaz que trabalhava no apoio. Um tal de Namoroilson. Achei meio esquisito. Tinha umas orelhas estranhas. mas quando me viu ficou louco. Disse que mexia com água e era líder comunitário da favela Parque Atlantica , que fica perto do Guarujá. Nos ficamos amigos e começei a confidenciar que meu marido era meio borracha fraca. ele me envolveu nos braços e fizemos amor dentro d'água. Ainda amo meu marido mas não sei o que faço. O Namoroilson me balança.

Depoimento De Sueli Tempestade. (O nome foi trocado para proteger a privacidade da leitora)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Mormaço

Um dia de trabalho normal. Lá fora um mormaço pegajoso e a vida caótica suada arrastada e pulsante como um blues. O cenários de arquiteuras diversas do centro do Rio e seus turistas com suas maquinas digitais, Candelária. Me aproximo de uma aspirante a gerente. Protestante:

-Você tem um belo crachá- Disse, olhando para o decote, suficientemente revelador para que eu deixasse escorrer uma gota de baba que caiu exatamente entre aqueles vales macios de carne branca.

-Seu Tarado! Você sabe que eu vou me casar no mês que vem.

-Tudo bem! Enquanto tu não casa não é pecado...

Ela ruborizou. Entrou na sala onde ficam os arquivos, Cinza claro com caixas de papelão marrom espalhadas por armários de ferro pintados de cinza. aquela bunda e aqueles cabelos castanhos e apele branca davam uma aura de quase divindade.

Não resisti e agarrei ela por trás esfregando minha coisa por trás. Um menir celta apontando para o horizonte por baixo da calça sem cuecas.

Começei a beijar o pescoço e passar as mãos pelos belos seios

-Você me deixa louca- Sussurrou.

Repentinamente ela ruborizou de novo se livrou dos meus braços com um safanão e saiu em disparada.

Acabei todo o serviço marquei meu ponto e fui embora.Atravessei a Rio branco entrei na rua da Alfândega até o Camelódromo . Parei numa barraca, comi uma tapioca, estava ótima, bebi um café expresso pra descer. O calor era como um manto de suor e poeira de canos de descarga fazendo uma lama que recobria or sorstos apagados e cinzentos das pessoas. O Rio é bem diferente dos cartões postais, Mas eu não ligo eu prefiro esse Rio de Janeiro preguiçoso e tenso mal educado e sujo que os governos sempre tentaram esconder. É aonde as coisas acontecem.

O problema é que as pessoas se tranformaram em máquinas de fazer coisas.... Que alimentam a cidade e sua ecologia com seus restos, os urubus, os ratos, os sem teto, os pombos. são um sucesso evolucionario pois aprenderam a sobreviver da cidade como seus ancestrais viviam nas selvas a milhares de anos. e as pessoas ao redor os transformam em cenario sem saber que são atores da mesma comédia sem graça. Cheguei a Central do Brasil com sua altura magnífica eaquelas milhares de pessoas. Os operários da metrópole. Furando filas, discutindo.no meio da multidão me embrenho e consigo entrar num trem com ar condicionado.

-Este trem é com destino à Estação Deodoro. A Supervia deseja a todos uma boa viagem.

Entrei num vagão com pouca gente e sentei. Puxei da mochila um jornal.Mas não consegui ler porque uma moça alta de belos cabelos pretos, um rosto oval, nariz não exatamente fino, mas que harmonizava com o belo rosto pálido, sentou-se em um dos bancos defronte ao meu

-Estação Praça da Bandeira. Observe o espaço entre o trem e a plataforma.
O trem segue viagem e não enche apesar de ser hora do pico do movimento . ar condicionado.
a garota mais bonita que eu já vi num vagão sorri. Seus dentes cilindricos e pontiagudos lembram das garotas da minha adolescência antes de se popularizar os aparelhos. Isso me deixou os olhos mais grudados na moça que eu olhava escondido por trás do jornal. estava com o que parecia ser a avó.... mas ela não parecia ter menos de vinte anos
Estação meier, saida pela direita. observe o espaço entre o trem..